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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Calçadão teve movimento intenso
Se não fossem as poucas pessoas circulando com máscaras de proteção, a manhã de terça-feira pareceria um dia comum como qualquer outro antes do começo da pandemia do novo coronavírus e dos decretos que fecharam estabelecimentos comerciais para diminuir a circulação de pessoas pelas ruas. No centro da cidade, o que se viu foi trânsito intenso, filas que chegaram a dobrar quarteirões em bancos e lotéricas e muitas aglomerações.
Com o começo do mês e o pagamento de salários, muitas pessoas procuraram agências bancárias e lotéricas para sacar dinheiro e pagar contas. Na agência da Caixa no Calçadão, algumas pessoas buscavam informações sobre o auxílio emergencial de R$ 600, oferecido pelo governo Federal a trabalhadores informais. No local, funcionários da agência orientavam a formação da fila, para que as pessoas respeitassem uma distância mínima de 1,5 metro entre elas.
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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Paradão da Avenida Rio Branco teve aumento de circulação de pessoas por volta do meio-dia
Mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde que orienta as pessoas a usarem máscaras ao sair de casa, os que usavam o equipamento de proteção eram minoria. O aposentado Cláudio Rossato, de 65 anos, que saiu de casa para pagar uma conta no Banco Itaú, estava sem a máscara, mas garantiu que vai adquirir uma de pano, feita em casa, o quanto antes. Por volta de 10h30min, ele aguardava sua vez na fila.
- Tenho que pagar as contas. Eu tento respeitar a distância mínima, mas a maioria não observa. É complicado, nunca se sabe se tem alguém contaminado por perto - explica.
Por volta de 11h da manhã, a fila da agência, que fica na Avenida Rio Branco, dobrava a esquina e descia pela calçada da Rua dos Andradas. Ali, a estudante Larissa Sebalhos, de 18 anos, também reclamou das condições da fila. Por ser asmática, Larissa estava em isolamento domiciliar há 20 dias, mas foi auxiliar o pai, José Carlos Oliveira, de 58 anos, a realizar um saque no banco. Ela usava uma máscara de proteção.
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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
- Já vi horrores de erros. Agora a pouco vi uma senhora que cumprimentou outras duas pessoas apertando as mãos e na sequência levou a mão ao nariz. O distanciamento também não está sendo respeitado - relata.
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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Fila do Banco Itaú da Rio Branco dobrou a esquina e seguiu pela Rua dos Andradas
Há também quem não ligue para o perigo de contágio da Covid-19.
- Parece que é um dia comum. Como trabalho em um mercado, pra mim é um dia comum. Agora estou aqui pra fazer um depósito e pagar uma conta. Não tenho medo do coronavírus. Não uso máscara pois me sufoca um pouco - conta Luiz Machado, de 30 anos, enquanto aguarda na fila de uma lotérica do Calçadão.
A aposentada Nevadite Brasil, de 69 anos, demonstrou preocupação com o que viu nas ruas. Nevadite não saía de casa desde o dia 17 de março, mas foi às ruas na terça-feira para pagar uma conta.
- Hoje tem bastante gente. O pessoal nem está se cuidando. A maioria sem máscara, é um amontoado, um perto do outro, as filas estão terríveis. As pessoas estão com tanta pressa que nem cuidam - observa.
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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A movimentação de veículos também foi intensa. Já por volta de 9h, as vagas de estacionamento na Avenida Rio Branco estavam praticamente ocupadas na totalidade. No Paradão, os ônibus não chegaram a lotar, com pessoas em pé, mas, próximo ao meio-dia, as pessoas se aglomeravam para embarcar nos coletivos.
*colaborou Felipe Backes